Considerado um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos, Carlos Drummond de Andrade nasceu em 1902. Podemos citar como um de seus poemas mais famosos: “No meio do caminho tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho”. Em sua vida, ele também se destacou escrevendo crônicas e contos.

O escritor fez parte de um grupo importante da cultura nacional, a Segunda Geração Modernista. Sua poesia se destaca pelo fato de apresentar questionamentos relacionados à existência da humanidade. Pode-se dizer que até hoje ele é venerado por sua obra, que marcou para sempre o nosso país.

Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, no interior do estado de Minas Gerais, no dia 31 de outubro de 1902. Filho de Carlos de Paula Andrade e Julieta Augusta Drummond de Andrade, morava na zona rural do município. No ano de 1916 foi para Belo Horizonte estudar mas acabou ficando doente.

O escritor retornou então para sua cidade natal recebendo aulas particulares, mas ficou em Itabira por pouco tempo. No ano de 1918 Carlos Drummond de Andrade foi para Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, continuar seus estudos. Ele acabou tendo problemas no colégio interno devido a uma chamada insubordinação mental.

Carreira do escritor

Carlos Drummond de Andrade retornou à capital mineira, Belo Horizonte, em 1921. Ele passou a trabalhar no jornal Diário de Minas entrando para o grupo chamado Movimento Modernista Mineiro. Através de um conto de sua autoria, chamado de Joaquim do Telhado, ele ganhou o Concurso da Novela Mineira.

Mesmo no início de sua carreira literária, o autor recebeu uma pressão de sua família e acabou entrando no Curso de Farmácia, da Escola de Odontologia e Farmácia da capital do estado. Mesmo tendo finalizado o curso, ele nunca exerceu a profissão. Drummond foi contratado na época como redator para o Diário de Minas.

No ano de 1928, Carlos Drummond de Andrade publicou seu poema mais famoso, No Meio do Caminho, para uma publicação paulistana chamada Revista de Antropofagia. Na época ele se tornou um escândalo, recebendo diversas críticas, principalmente da imprensa, mas acabou se tornando bastante famoso.

O autor publicou seu primeiro livro em 1930, chamado de Alguma Poesia. Neste caso, o Poema de Sete Faces se destacou, devido a sua originalidade, ironia e humor. Estão presentes na obra: No Meio do Caminho, Cidadezinha Qualquer e Quadrilha, onde ele fala do amor e de desencontros da vida.

Obra de Carlos Drummond de Andrade

No ano de 1940, o escritor publicou outra obra, chamada de Sentimento do Mundo. Ela foi influenciada pelas Guerras Mundiais, e buscou apresentar a necessidade de reconstrução do planeta. Em 1942 o Brasil entrou no conflito na Europa e Carlos Drummond publicou seu livro José, mesmo nome de um de seus poemas.

Em 1945 ele publicou outro livro de poemas, chamado A Rosa do Povo. Uma crítica à sociedade da época. Segundo ele, um momento onde havia uma falta de solidariedade entre as pessoas. Há nesta obra uma visão pessimista da realidade, mas o autor apresenta também uma certa esperança de mudança.

Carlos Drummond de Andrade continuou a se destacar na literatura nacional com a publicação de Claro Enigma em 1951 com uma certa influência do Concretismo, considerando por exemplo, características gráficas dem e seu texto. Podemos citar outras obras como Fazendeiro do Ar (1955) e A Vida Passada a Limpo (1959),  no mesmo estilo.

Em 1962 Drummond lança sua obra Lição de Coisas apresentando a chamada poesia nominal, utilizando neologismos, baseadas novamente no concretismo. Nos anos 70 e 80 o poeta itabirano baseia seu trabalho nas suas memórias, com as obras Menino Antigo, As Impurezas do Branco, Amor Amores, Corpo, entre outras.

Obras de Carlos Drummond

Poesias

  • Alguma Poesia (1930)
  • Brejo das Almas (1934)
  • Sentimento do Mundo (1940)
  • Poesias (1942)
  • A Rosa do Povo (1945)
  • Poesia até Agora (1948)
  • Claro Enigma (1951)
  • Viola de Bolso (1952)
  • Fazendeiro do Ar & Poesia Até Agora (1953)
  • Poemas (1959)
  • A Vida Passada a Limpo (1959)
  • Lições de Coisas (1962)
  • Boitempo (1968)
  • Menino Antigo (1973)
  • As Impurezas do Branco (1973)
  • Discurso da Primavera e Outras Sombras (1978)
  • O Corpo (1984)
  • Amar se Aprende Amando (1985)

Prosas

  • Confissões de Minas (1942)
  • Contos de Aprendiz (1951)
  • Passeios na Ilha (1952)
  • Cadeira de Balanço (1970)
  • Moça Deitada na Grama (1987)

  

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