Uma das questões mais importantes ao se escrever uma história, é relacionada aos diálogos envolvendo os personagens. O objetivo de todo autor é tornar as falas e conversas envolvendo suas criações realistas, de forma que o leitor sinta como se estivesse realmente ouvindo uma conversa.

Os personagens de uma boa história devem ser marcantes, com características psicológicas próprias e o diálogo entre eles, deve ser o  mais natural possível. Alguns erros como palavras que soam falsas, tom de voz problemático, e o uso de termos que dificilmente fazem parte do vocabulário, devem ser evitados.

De fato, um grande número de escritores esbarram na utilização de diálogo em suas histórias, ou por medo de não apresentar um resultado satisfatório, por não possuir o conhecimento necessário para incluir as falas de personagens em sua história, ou mesmo por não achar que o diálogo seja necessário.

Não há uma obrigação envolvendo a inclusão de diálogos em sua história. Pode acontecer de o escritor querer utilizar o discurso indireto em seu texto, com o narrador citando falas entre os personagens. No entanto, uma boa conversa pode fazer com que os leitores se identifiquem melhor com os elementos do livro.

Para que serve o diálogo?

O diálogo pode ser de grande ajuda para que o leitor conheça um pouco mais dos personagens, o que eles pensam defendem, suas idéias, seu perfil psicológico, e muito mais. É uma maneira de fixar estes personagens, que podem ser ou não fictícios, na memória da pessoa que está lendo o livro. Desse modo, através do diálogo, os personagens se tornam mais reais, pessoas de carne e osso. 

Isso ajuda muito em sua história, pode ser utilizado como uma forma de fazer com que a história se desenvolva melhor, de uma maneira mais fácil de absorver todo o enredo e apresentar melhor as pessoas citadas no texto.

O leitor, no momento em que um diálogo é apresentado durante a história, acaba por viver em sua mente, o momento, a cena apresentada. ele recria as vozes de cada personagem em seu inconsciente. É uma maneira eficiente de se adicionar uma carga emocional à história, a cena descrita.

Neste momento, é possível utilizar de sutileza para ganhar uma maior profundidade na história. Além disso, uma conversa pode ser o fio condutor de uma trama, levando o leitor a lugares inimagináveis. Uma conversa também pode agilizar uma narrativa, conduzindo a pessoa que está lendo a um ponto decisivo na história.

Erros comuns na criação de um diálogo

Os autores ao escrever um diálogo devem observar alguns erros comuns que podem atrapalhar a cena de sua história. É importante deixar o texto um pouco informal, não se deve ficar preso a recriar uma conversa perfeitamente. As palavras devem ser utilizadas com cuidado, para não parecer forçado demais.

A falta de padrão na fala que pode tornar o personagem confuso e deslocado é um dos erros mais comuns. Outra questão é a relacionada às reações físicas das pessoas. Muitas pessoas não as utilizam, no entanto, são fundamentais, como por exemplo, gemidos, risadas, gritos de raiva ou de alegria.Outro erro comum é escrever os diálogos de personagens diferentes parecidos. Cada um possui uma diferença, mesmo que sutil, portanto, é preciso dar atenção e buscar escrever a fala de acordo com as características de cada um dos envolvidos na conversa, de forma que o leitor poderá identificá-los.

Cinco dicas para melhorar os diálogos

1 - Evite falar demais

O diálogo pode ser utilizado para que o leitor conheça vários detalhes relacionados ao enredo Entretanto, o ideal é que haja uma narração concisa ao invés de expor muito o personagem. Quando os envolvidos expõem ideias e informações que ambos já sabem, o diálogo acaba por ficar monótono. A conversa tem que ter vida.

2 - Mostre os personagens e as suas diferenças 

Espera-se que em uma boa história haja um conflito entre os personagens. Isso pode ser mostrado através do diálogo, visto que eles têm a necessidade de falar um com o outro. É preciso revelar seus pontos de vista, metas, ou ainda conceitos opostos. É necessário apresentar suas diferenças sutis e abertas.

3 - Utilize poucos acentos fonéticos

Ao utilizar acentos escritos foneticamente, os escritores podem tornar os diálogos falsos, que podem ser considerados em algumas hipóteses, culturalmente ofensivos. Nunca escreva “Não tem nada pra nóis comê”, por exemplo. este tipo de escrita acaba por reforçar estereótipos negativos.

4 - Tome cuidado com os verbos dicendi

A utilização excessiva dos verbos dicendi podem tornar os diálogos exóticos, longe da realidade. É quando o autor diz que o personagem, após sua fala “disse” alguma coisa. Por exemplo: "Não suba essa escada, disse ele”. Pode-se utilizá-los para identificar o personagem, porém, deve-se ter um certo cuidado para não exagerar.

5 - Equilibre o diálogo com a narração

É indicado que o diálogo tenha um certo ritmo. Durante uma cena tensa, a fala dos personagens deve ser breve e direta. O comprimento, a estrutura e a complexidade do diálogo em questão precisa se adequar às características dos personagens, e com o propósito da conversa.O equilíbrio é fundamental.

Como marcar os diálogos

Uma das dúvidas frequentes que os autores têm ao escrever um diálogo, é a forma em que ele será apresentado. A maneira mais tradicional de escrever uma conversa é utilizando o travessão. No entanto, pode-se utilizar as aspas “” ou nem mesmo marcar o diálogo, depende do estilo de escrita de cada autor.

Se for utilizar o travessão, é preciso tomar cuidado e iniciar a frase utilizando o -. em seguida é necessário colocar a fala do personagem e depois adicionar mais um travessão -. Nesta parte é indicado colocar a explicação de quem disse e finalizar o texto, o diálogo, utilizando um ponto final. 

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