Jô Soares foi um dos maiores humoristas brasileiro e atuou como dramaturgo, escritor, diretor de teatro e artista plástico. Além de trabalhar em um programa de comédia na Rede Globo, onde ficou conhecido, ele se transformou em um entrevistador de sucesso em 1988 com o Jô Soares Onze e Meia, no SBT.
De fato, Jô Soares se tornou um fenômeno com seu programa até o ano 2000, quando retornou a Rede Globo e passou a apresentar o Programa do Jô, entrevistando diferentes personalidades, desde artistas de renome a pessoas desconhecidas, que possuíam certos talentos e se destacavam na sociedade.
O apresentador ficou na Rede Globo até o ano de 2016, quando se aposentou das telas de televisão. Jô Soares se tornou ao longo dos tempos uma das figuras mais queridas, que possuía inúmeras facetas e talentos. Era um homem com uma mente brilhante e um grande humor, que literalmente transformava o que tocava em ouro.
José Eugênio Soares, ou como mais conhecido, Jô Soares, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 16 de janeiro de 1938. Seu pai foi o empresário paraibano Orlando Soares e sua mãe era uma dona de casa que se chamava Mercedes Leal. Na infância ele estudou em escolas de renome, como o Colégio Rio de Janeiro.
Durante a adolescência, Jô Soares foi estudar nos Estados Unidos, e depois foi para Lausanne, na Suíça. Esperava-se que ele fosse seguir a carreira diplomática, o que não aconteceu. De fato, ele apresentava um dom humorístico que acabou transformando sua vida, o levando para uma outra direção.
No ano de 1958, Jô Soares passou a trabalhar na TV RIO, em programas humorísticos e escrevendo roteiros. Um ano depois ele fez sua estréia no filme de comédia, “O homem de Sputnik” dirigido por Carlos Manga. Ele trabalhou na extinta TV Tupi como roteirista no programa Câmera 1. E estreou no teatro atuando como o Bispo na peça “O Auto da Compadecida”.
Todavia, Jô Soares também participou de programas humorísticos da TV Continental, e atuava no Grande Teatro da Rede Tupi. Na década de 60 foi para a TV Record, atuando nos programas “A família Trapo”, “Jô Show”, “Praça da Alegria”, “Quadra de Ases”, e muito mais.
Nos anos 70 a Rede Globo o contratou, e participou dos programas “Faça Humor, Não Faça Guerra”, “Satiricom”, “O Planeta dos Homens”, e o famoso “Viva o Gordo”. Durante esse período ele teve um grande sucesso com personagens importantes da cultura brasileira, como “Francineide”, “Norminha” e “Capitão Gay”.
Uma das características do humorista Jô Soares é a de que ele conseguia criar vários bordões que cairam no gosto do seu público. Podemos citar o “Tem pai que é cego”, “Cala a boca, Batista”, e "A ignorância da juventude é um espanto”. No fim dos anos 80 ele foi contratado pelo SBT e passou a trabalhar como apresentador.
Nos anos 90 Jô Soares investiu em sua carreira de escritor, apresentando histórias engraçadas e curiosas como no livro, “O Xangô de Baker Street”, de 1995, e “O Homem que Matou Getúlio Vargas”, de 1998.
Nos anos 2000 ele retornou à Rede Globo, com seu Programa do Jô. Durante a atração, ele era acompanhado por um grupo de músicos que ficou famoso em todo o Brasil, como o Bira, Derico, Tomati, Miltinho, Chico Oliveira e o maestro Osmar.
Durante 16 anos foram realizadas 14.426 entrevistas. Entre as personalidades, podemos destacar o Pelé, Roberto Carlos, Hebe Camargo, Renato Aragão, Joe Satriani, Naomi Campbell, Gisele Bündchem, entre outros. O Programa do Jô chegou ao fim no ano de 2016. O último entrevistado foi o cartunista Ziraldo.
Jô Soares morreu no ano de 2022, aos 84 anos de idade.